Bonecos hiper-realistas que parecem bebês de verdade estão conquistando o coração de colecionadores, mães e até terapeutas. Conhecidos como bebês reborn, esses brinquedos têm chamado atenção nas redes sociais, feiras de artesanato e vitrines de lojas especializadas.
Mas o que exatamente é um bebê reborn? Por que estão tão populares? E quem compra esses bonecos? A seguir, entenda esse fenômeno que mistura arte, afeto e terapia.
O que é um bebê reborn?
O termo reborn significa “renascido”, em inglês. Um bebê reborn é um boneco feito à mão, com técnicas que buscam o máximo realismo. As peças são moldadas em vinil ou silicone, com detalhes impressionantes: veias, dobrinhas, unhas, cílios implantados fio a fio e até peso semelhante ao de um recém-nascido.
As artistas que produzem esses bonecos são chamadas de reborners e podem levar semanas ou até meses para concluir cada peça.

Origem e evolução
A técnica surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, inicialmente entre colecionadores de bonecas. Com o tempo, o reborn ultrapassou o universo dos brinquedos e se consolidou como uma forma de arte. Hoje, existem feiras exclusivas, cursos de capacitação e até certificações para reborners.
No Brasil, a tendência chegou por volta de 2010, mas ganhou mais força nos últimos anos, impulsionada por vídeos no TikTok, Instagram e YouTube.
Por que o bebê reborn está na moda?
Diversos fatores explicam o crescimento do interesse pelos reborns:
Realismo impressionante: os bonecos são verdadeiras esculturas hiper-realistas, com detalhes que impressionam até de perto.
Conexão emocional: muitas pessoas adquirem reborns como forma de lidar com o luto, com a infertilidade ou apenas pelo prazer de cuidar.
Conteúdo nas redes sociais: vídeos mostrando “rotinas de mãe com reborn” viralizam com frequência, despertando curiosidade e empatia.
Uso terapêutico: psicólogos e terapeutas ocupacionais indicam reborns para pessoas com Alzheimer, ansiedade ou depressão.
Quem compra um bebê reborn?
O público é diverso. Vai de colecionadores adultos a mães que perderam filhos, passando por crianças que querem um boneco diferente, idosos em tratamento cognitivo e influenciadoras digitais que fazem vídeos de maternidade fictícia.
O preço varia bastante. Um modelo básico pode custar entre R$ 300 e R$ 800, enquanto exemplares mais sofisticados ultrapassam R$ 3.000.

Um mercado em expansão
Com o aumento da demanda, surgiram lojas físicas e virtuais especializadas, além de profissionais que personalizam reborns por encomenda. Também cresce o número de brasileiros que buscam formação como reborners e vivem da arte.
Controvérsias e curiosidades
Apesar do sucesso, os bebês reborn também geram polêmica. Há quem critique o apego exagerado aos bonecos ou questione seu uso terapêutico. Ainda assim, os relatos positivos e o crescimento do setor mostram que os reborns vieram para ficar.